Há um poema ainda por escrever,
Ao Alentejo que me viu nascer.
Há um luar, lindo, de Agosto,
Banhando de ternura o nosso rosto,
Na quietude do anoitecer…
-Paradigma do sol-posto-
Saudade aconchegada no meu peito.
Há o som, sussurrado, do riacho,
Correndo sempre do seu jeito,
Refrescando o povo, exangue.
Há o gosto da açorda e do gaspacho.
O vermelho das papoilas, cor de sangue.
O bailado da seara a ondular.
A voz forte, dos homens a cantar,
Num som de súplica, dolente,
Dizendo do sentir da sua gente.
Há o sol quente do Verão,
A lembrar o cheiro do nosso pão.
Há uma força, tranquila,
Na vastidão do Alentejo.
Há um vento, morno, que sibila,
-Nostalgia dum Outono que desejo-
Olhando a planície, eu aprendi,
Que amar o Alentejo não se explica.
É coisa que acontece, coisa que fica.
É a síntese de tudo o que escrevi.
Lisette Alvarinho, LiberArti (liberarti.com)
Ao Alentejo que me viu nascer.
Há um luar, lindo, de Agosto,
Banhando de ternura o nosso rosto,
Na quietude do anoitecer…
-Paradigma do sol-posto-
Saudade aconchegada no meu peito.
Há o som, sussurrado, do riacho,
Correndo sempre do seu jeito,
Refrescando o povo, exangue.
Há o gosto da açorda e do gaspacho.
O vermelho das papoilas, cor de sangue.
O bailado da seara a ondular.
A voz forte, dos homens a cantar,
Num som de súplica, dolente,
Dizendo do sentir da sua gente.
Há o sol quente do Verão,
A lembrar o cheiro do nosso pão.
Há uma força, tranquila,
Na vastidão do Alentejo.
Há um vento, morno, que sibila,
-Nostalgia dum Outono que desejo-
Olhando a planície, eu aprendi,
Que amar o Alentejo não se explica.
É coisa que acontece, coisa que fica.
É a síntese de tudo o que escrevi.
Lisette Alvarinho, LiberArti (liberarti.com)
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