De uma interessante comunicação há tempos produzida por Rui Manuel Loureiro num colóquio promovido pela Biblioteca Nacional e pelo Movimento Internacional Lusófono, ficou-se a saber que está a terminar uma longa investigação sobre a infância e juventude de Afonso e Albuquerque. Após porfiado trabalho, Rui Loureiro desvendou, finalmente, os anos obscuros daquele que viria a ser o fundador do império português no Oriente. Albuquerque deixou uma criança, nascida em 1501 e cuja educação confiou à sua irmã. Essa criança (Brás de Albuquerque), que viria a ser o herdeiro da fortuna do pai e ocupou relevantes funções, era filho de uma rapariga marroquina que o Terribil terá conhecido durante os anos em que serviu nas praças do norte de África. Onde está o suposto fanático religioso, o matador de mouros e o inimigo do Islão? Como a abundante documentação o atesta, Albuquerque percepcionou as diferenças e várias obediências do mundo islâmico, usando-as para aplicar o seu plano de domínio do Mar Vermelho e Golfo Pérsico. Foi um entusiástico defensor de uma aliança entre Portugal e a Pérsia xiita.
Dessa amplitude mental é também Brás, seu filho, prova eloquente. Tudo sugere que a mãe do filho de Albuquerque não seria muito diferente daquela que escolhemos para ilustrar este postalinho.
Dessa amplitude mental é também Brás, seu filho, prova eloquente. Tudo sugere que a mãe do filho de Albuquerque não seria muito diferente daquela que escolhemos para ilustrar este postalinho.
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